É uma fase difícil em vários aspectos, pois envolve perdas de entes queridos, situação financeira em queda livre, desemprego, mudança radical do cotidiano e muito mais. A pandemia da Covid-19 gera uma sensação de incerteza que leva a manifestações de doenças que muitos não sabiam que tinham. De outro lado, moradores de condomínios, onde há regras a serem respeitadas e cumpridas, se manifestam de forma hostil com vizinhos, funcionários e até mesmo dentro da sua própria unidade.

Mediante esse quadro, o papel do síndico e, principalmente, dos funcionários do condomínio fica ainda mais delicado, pelo fato de serem uma fonte de recepção de problemas, tendo que lidar com um grau de estresse muito grande, onde o respeito em geral é deixado de lado.

A mídia tem noticiado diferentes casos de agressões em condomínios motivadas pelo estresse elevado, racismo escancarado etc. A intolerância e a falta de respeito muitas vezes só são contidas com a intervenção da força policial, porém, isso gera traumas na coletividade e afeta a imagem do condomínio. Como, então, lidar e solucionar essas questões?

Ameaças, troca de ofensas entre moradores, síndico e colaboradores só levam o condomínio a uma depreciação física e financeira irreparável. Mas para tentar achar e seguir uma estratégia onde possamos minimizar o estresse dessas ocorrências, busquei orientação junto a profissionais da área da saúde, do direito e até mesmo do controle de acesso.

Como fazer então para não perder a cabeça e ter reações das quais podemos nos arrepender depois? Entendemos que a única saída é o exercício da empatia e da comunicação. Nunca deixar de tentar entender o ponto de vista do outro e nem de se fazer compreender. Assim conseguiremos ultrapassar esse momento com civilidade. É hora de cada um e todos nós sermos solidários e sensíveis ao outro. É só uma questão de escolha.